É a confusão de você
Adentrando em mim,
A me fazer pensar,
Me levando a sonhar
Em ter você junto de mim...
Sendo assim, se isso é certo
Ou se pode não dar certo...
Ninguém mais sabe.
Se amor vira amizade,
Se amizade pode deixar de ser...
Se fores meu por um instante
O que depois pode acontecer?
Se eu fores tua a luz da lua
Com que jeito te olho ao amanhecer?
E a cabeça segue a razão que fica a remoer
O questionamento do não saber
Por ter um medo aflito de tentar,
E sem saber como poderia acontecer
A razão se mistura ao querer
Que tem ate medo de deixar
O coração falar o que a razão de ambos
Mostra sem querer mostrar.
É essa confusão que veio de você
Que me confundiu sem eu querer,
Em um estalo na madrugada de um sábado...
Quando seu beijo quase o meu beijou,
Tentar ou não, uma voz rouca falou.
Se já te amo tanto assim,
Sem carinho explicito, sem assedio e sem paixão,
Onde será que acabaríamos se deixássemos
Falar alto a atração!?
É confuso, inaceitável às vezes...
Mais é possível?
Insistimos em questionar...
A amizade e a cumplicidade nos unem
E ainda que não aja total confiança,
O que faz forte nossa amizade
Supostamente é o filzinho de esperança
Que fica entre o sim e o não.
Da amizade ao amor?
Da amizade a união?
E se a união propagar separação?
São essas suas idéias que
Fazem brotar idéias em mim...
Enfim,
Não sabemos de nossos futuros
E se for pra que acabemos juntos,
Ai vai acabar tudo bem.
Nossa amizade só não pode acabar,
porque de uma coisa eu tenho certeza...
sem sua presença não posso ficar.
[Juliana Fernandes]